sábado, 9 de junho de 2012

ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA? TÁ AI O RESULTADO...!





 XVI FESTIVAL DE POESIA FALADA POETA GARCIA ROSA - Japaratuba-SE

 MELHORES POESIAS??

5º LUGAR: REINVENÇÃO (Estância);
4º LUGAR: DE PAI PARA FILHO: Desde 1912...;
3º LUGAR: RENTE À PELE, A LUZ DA LUA;
2º LUGAR: ÚLTIMO LAMENTO;
1º LUGAR: VIDA SEM HOLOFOTES... ÚLTIMO ESPETÁCULO 

MELHOR CENÁRIO: VIDA SEM HOLOFOTES... ÚLTIMO ESPETÁCULO
INTERPRETAÇÃO: ÚLTIMO LAMENTO (Jadson)
JÚRI POPULAR:  VIDA SEM HOLOFOTES... ÚLTIMO ESPETÁCULO

 Show de Bola...
PLACAR: 3 x 2  (JÁ ERA DE SE ESPERAR)!

COMENTÁRIOS SOBRE O PLACAR: "Com licença poética convidei Camões para participar do jogo, grande poeta, atendeu meu pedido de vim cá... mas astuto disse nesse time não quero jogar... Fiquei sem jeito com a sua decisão, mas logo ele que era certo o primeiro lugar. Perguntei para ele qual era o impasse, ele disse tenho uma reputação a zelar, sem jogo sou o grande poeta, se eu entrar nesse time vou diminuir o meu cantar...!"


EM HOMENAGEM AOS 100 ANOS DO REI DO BAIÃO (4º lugar, desculpas seu Luiz) A CAATINGA VEIO AO PALCO, TÃO NATURAL E SEM ARTIFÍCIOS...! 



Agradecimentos À EQUIPE, AO nosso Intérprete DAVI (revelação), GIL E SUA EQUIPE, além da amante da boa poesia Rose Almeida.


DE PAI PARA FILHO: Desde 1912..
                                                               F. J. Hora
Numa sexta-feira treze,
Vejam só que ironia
Exatamente naquele dia
Pernambuco foi premiado,
Na divisa do estado
No sertão, céu lindo e azul,
Na fazenda Caiçara
No sopé da Serra do Araripe
No município de Exu.

Filho de Januário, pai de nove irmãos
Tocando e consertando
Depois da roça, o acordeão,
“Oito baixos” respeitado
Em festa tradicional.
Luiz, aos oito de idade
Na falta do “principal”
Tocou e cantou a noite inteira
Sendo essa a primeira
De uma missão especial.

Em 1929, já escoteiro
O “neguinho afiotado”
Não era mais menino
Viu-se já apaixonado
Por Nazarena, da região
Filha do Coronel Deolindo...

Dezoito anos incompletos
Entra nas forças da Revolução
O soldado “Gonzaga”, corneteiro
Ganhou fama no Exército Brasileiro
E assim seguiu seu passo
Em missão para Belém e outros estados
Com o apelido de “Bico de aço”.

Em 1946, explodiu sua carreira
Em disparada com Humberto Teixeira
Domingos Ambrósio e outros parceiros
Relembrando seu pé de serra
E cheio de cartaz voltou à sua terra
Num reencontro emocionado
Tocou baião, xote e xaxado
E sua música “Dança Mariquinha”;
Registrou também o filho de Odaléia
Seu eterno varão Gonzaguinha.


Já no auge do reinado
No Grande Oriente do Brasil
Foi Paranapuan, da acácia amarela
Flor linda e tão bela
Símbolo da Grande Iniciação
E é por isso que até hoje
Ainda é Rei do Baião.

E assim, de pai para filho
Com a música veio a união
E a fortuna de sua realeza
Que ao destino não engana,
Foi no Hospital Santa Joana
Que debilitado, mas devoto
Com pneumonia e fraco dos ossos
Luiz disse adeus...!

Um adeus forte e cantado
Como um aboio saudoso
Lula, Luiz Gonzaga, Gonzagão
Ser artista do Nordeste foi seu sonho
Desde 1912 inaugurado
Mais do que um nordestino, coroado
Luiz, Rei do Sertão!

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