domingo, 14 de novembro de 2010

NO SILÊNCIO DA NOITE...

Talvez, a música "Sozinho" de Peninha seja um resumo desse momento. Mas, a insípida poluição sonora do dia me desgasta o pensamento e retrai a minha inspiração. No silêncio da noite, a musa se manifesta e só assim posso sonhar...
Sonhar... Talvez, os mais práticos e extrovertidos achem isso pura perda de tempo, desperdício ou falta do que fazer. Que mais pode fazer um poeta senão amar a noite, onde tudo é mais calmo e sereno...? A agitação relembra os sofrimentos d'alma!
Trocar o dia pela noite, dormindo não descanso, pois se o dia fosse tranquilo minha noite seria de sono intenso. Mas, a serenidade das estrelas e a luz da lua causa-me grande conforto...
Mais que isso, cantar me faz renascer, recuperar minhas forças e me reencontrar. Isso sim é o que mais quero.
Estar com a mulher desejada é como ler o poema do êxtase e da fusão do corpo com o espírito. É preciso amar, sonhar e ser feliz. O dia amnhece lindo, brilhante e cheios de obstáculos em plena luz e isso é pior... Pois, à noite o único obstáculo é a escuridão...!

Eu: Um Homem Apaixonado...!


O que fazer para agradar o mundo? Muitas vezes tentei responder a essa pergunta e só achei uma resposta: Fazer aos outros o que quero que façam comigo...!
Nesses poucos 25 anos de vida aprendi muita coisa e sei que ainda sei quase nada...
Quantos erros cometidos, e decepções sentidas... Coleciono vitórias, mas tenho um armazém de derrotas, típicas lamentações da humanidade.
O respeito com que trato a todos nem sempre é recíproco, vítima de discussões banais, inveja e oportunismo...
Nutro uma paixão natural pela vida, pela natureza criada por Deus e me sinto feliz quando estou em harmonia com o universo...
Quantas injustiças vemos e ignoramos ou nos acomodamos por se tratar de pessoas de grande poder, mas logo achamos o bode expiatório para descarregar nossa hipocrisia nos inocentes.
Se falo baixo, não é porque estou com medo, é porque sou educado. Se não quero brigar no murro, não é porque sou covarde, mas porque acho que violência não resolve algo e o perdão é o melhor caminho...!
Não vou dizer que nunca machuquei alguém com atos e palvaras. Sempre terá alguém se queixando de mim... Mas, sei que estou aberto ao diálogo.
Sou o paradoxo de muitos. Muitos quebraram a cara por quererem ocupar um lugar que só a mim é que cabia... Quando acharam que eu devia gritar, meu silêncio disse tudo. E quando pensaram que eu ia fugir, cheguei mais perto...
Cantei o meu canto, escrevi minha poesia e quando pensaram que eram só palavras eu criei uma melodia.
E para ser feliz? Cheguei a ler, ouvir e refletir várias opiniões, mas só achei uma solução: Amar, pois quem ama perdoa...!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

MIGALHAS, RESTOS, REFUGOS...!

Na solidão dos meus anos, entre o poetar e o renascer, nunca vi tão grande lei que a vida nos impõe. Há quem diga que o desejo de consumo é como os cachorros debaixo da mesa a espera de migalhas.
Na mesa farta dos ricos estão os olhares de desejo e um misto de inveja, onde os incorformados na luta desigual ou desencorajados pela preguiça morrem de ansiedade, à espera do que cai e quando cai a briga lá em baixo é feia...
Se bem que quando os olhares se voltam na reviravolta da vida nem sempre o que cai da mesa são meros restos, muitas vezes cai carne boa também. Essa pode ser uma grande oportunidade de matar a fome...
Grande apegos e muita paciência, esse é o tema de muitos.
O que dizer dos vencedores? E os vencidos e espectadores da luta feroz, do mata-mata? Se há uma idéia que aceito é a da luta por ideais, por mais que pareçam impossível, pois ela é a mola que movimenta a nossa vida e o gosto da vitória é saboroso.
Migalhas, restos, refugo. Muitas vezes degustamos esse prato como o único a satisfazer a nossa sede material em nosso fracasso, mas há uma fonte que não seca, onde podemos nos abastecer.
É preciso ser forte e persistente para que possa ser convida a comer na mesma mesa! Nem que seja uma única vez na vida...!