sexta-feira, 31 de julho de 2009

ELES NÃO SABEM A FORÇA QUE TEM

Parei diante do mundo atual onde o passado é demodê. As pessoas buscam independência em todos os setores da vida, muitas vezes pagando caro pelo conforto e sustentando o consumismo instalado pela vida moderna. Essa história me lembra que o gado, o boi em especial, ainda continua na mesma, sendo dominado e o seu destino é o matadouro.
A minoria da sociedade intelectual domina as massas populares através do poder da comunicação, da emoção. A demagogia é a arte de excitar as massas populares com o que elas mais gostam: pão e circo antigamente, hoje, feira, farra e folia.
O eleitor e o gado não sabem a força que tem. Se deixam dominar sem resistência, a não ser a simpatia natural que cada um irradia, ou aquele político que aparece de vez em quando fazendo uma festinha ou organizando um comes-e-bebes. O candiadto que não nega R$ 1,00, nem uma carona. O ditado é: eu ajudo quem me ajuda.
Vejo cidades que só tem dois grupos polítcos que se revezam no cargo. Em um ano eleitoral um candidato não atende as expectativas e perde para o antecessor que também não prestava no pleito anterior.
O resultado desse processo é a disputa dos grandes na campanha e as alianças durante o mandato, enquanto que o eleitor briga, se desentende, baixa o nível , perde a moral. E assim como o gado acaba sendo conduzido ao seu destino final: ao abate.

sábado, 25 de julho de 2009

A Volta do Mundo

Desde criança que ouço falar sobre a volta do mundo. Eu pensava que era a forma arredondada do planeta, mas, ainda não estava satisfeito. Minha mãe dizia: "Você não sabe a volta do mundo quanto custa!'.
De lá para cá venho acompanhando a volta do mundo, grande, cheio de caminhos, arrodeios, atalhos. A estrada era longa e cheia de pedras. Eu não estava preparado para enfrentar a realidade, as minhas fantasias não supriam a minhas necessidades, o universo que eu criei precisava de superação.
O meu mundo batia de frente com um mundo que eu via, mas não conhecia. Eu li a poesia de Camões e a de Augusto dos Anjos e um busca intensa nasceu dentro de mim. Eu já escrevia minha arte e precisava optar algum caminho, unir as voltas do mundo com as da vida. Isso me parece impossível.
Eu componho as letras, mas não tenho a melodia. Quando eu digo sim, muitas vezes, o mundo diz não! E para minha surpresa, esse mundo é do tamanho da minha casa e habitado por minha família.
Foi ai que eu compreendi o que ela queria dizer. A mim, o que me resta, pois, ainda tenho esperança, é esperar o mundo dar as voltas necessárias para eu encontrar o verdadeiro mundo... é ai que eu começo a cantar... a melodia dos outros e não a minha.